quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Wolf Dragon, O inusitado



Atualmente, a caracterização hídrida do dragão é uma tendência bastante forte entre aqueles que adoram a figura dragônica, mas, também outras figuras animais, onde as características físicas e elementares dos dragões estão sofrendo uma fusão com outras espécies, sejam elas elementares, ao exemplo dos unicórnios e elfos, ou não como lobos, animais de áries, tigres, dentre outros. Qualquer associação é válida, desde que caia no gosto e na criatividade do criador da figura dragônica híbrida.

Pesquisando o universo hídrido, eu percebi que a figura do "Wolf Dragon", fusão do lobo com o dragão, tem crescido bastante no imaginário dos internautas e cartunistas, amadores ou profissionais, dando força a esse personagem que mantém algumas características dragônicas como injeção de fogo; pares de chifres, cauda fina e longa, variando entre a cauda de lobo e cauda reptileana; partes escamadas associadas aos pêlos; garras e dentes duplamente afiados; como também, preservando as características caninas de um lobo.

Todavia, existe um componente externo que completaria essa espécie: "O fascínio e as influências que a luz e a magia lunar traz para esse ser "lupusdragônico", metade lobo, metade dragão". Alguns em suas criações visuais sugerem até que o efeito da lua para o Wolf Dragon seria similar ao efeito que ela causa nas marés e no lendário lobisoman.



Wolf
+ Dragon = Wof Dragon




Vale ressaltar, que essa hibridação entre as duas espécies tem cunho puramente artístico e lúdico, não havendo qualquer registro histórico sobre esse devaneio poético que sobrecai sobre essa nova versão dragônica.

As versões dragônicas modernas



A figura do dragão está muito presente entre os jovens e as culturas urbanas modernas, caracterizadas pelas mais variadas nacionalidades, vertentes e filosofias de vida, indo desde a antiga arte corporal do tattoo, que ainda continua bastante em voga e procurada pelos amantes da tatuagem de todo o mundo e de diferentes faixas etárias, passando pela presença dragônica nas práticas orientais como o "Origami", nas góticas como o "Gothic Dragon", nas wiccanas como o "Dragon Magic", nos cartoons como animes e mangás, chegando até as tribos urbanas "hi-teks" contemporâneas que curtem games e tecnologias diversas. O gosto pelos dragões nunca saiu de moda.

Embora, as características e as imagens medievais desses seres fantásticos tenham sido preservadas até aqui, os dragões estão adquirindo uma versão mais moderna, aliás diversas versões, onde visualmente está ganhando novas formas, puras ou hídridas, e elementos para compor um visual mais moderno. Graças aos animes e mangás orientais, aos jogos de video game mais modernos e outras influências, os dragões estão se modernizando, tendo até um componente mais "fashion". A criatividade é infinita para retratá-los e mantê-los vivo no imaginário cultural.

Por isso, eu quero apresentar algumas imagens que podem ilustrar muito bem as versões modernas dos dragões, deixando-os mais arrojados, divertidos e, no mínimo, curiosos e instigantes. Claro, que existem infinitas possibilidades de versões, mas, eu não poderia deixar de retratar aqui.


No jogo e seriado infantil Yu-gi-oh, existe uma diversidade de tipos dragônicos, onde cada aprsenta uma peculiaridade especial, conforme diferentes atributos (força, inteligência, sabedoria, resistência, agilidade, deslocamento, porte, dentre outros). Alguns são seres puros, preservando as suas características dragônicas, outros são seres hídridos, misturado as suas características à outras de outras espécies, a partir de uma fusão. Algumas versões dragônicas:



(Chibi Dark Armed Dragon, Eletric Dragon
Red Dragon, Blue Dragon)





(Cyber Dragon, Dragão Alado de Rá
Water Dragon, Dragão Supremo de Olhos Azuis)




Também podemos encontrar outras versões híbridas como o
Grand Imperial Dragon e o Gothic Dragon, apresentando penas, o Áries Dragon, apresentando características caprinas, e o Wolf Dragon, com a fusão entre lobo e dragão.



(Grand Imperial Dragon, Gothic Dragon
Áries Dragon, Wolf Dragon)


Percebe-se então, a existência de uma série de novas versões dragônicas.

As similariedades entre os Dragões e os Unicórnios



Assim como o dragão, o unicórnio é um ser mitológico e elementar (mágico) que está presente no imaginário coletivo de culturas orientais e ocidentais, estando presente em estórias, contos e fábulas. Tal animal alado, com características equinas (corpo de cavalo), patas trazeiras de gazela,rabo de leão (mas, também podendo apresentar rabo de cavalo), barbas de bode e um único córneo mágico (chifre) na testa, simboliza o poder da alma, o luxo, a pureza e a boa sorte. A essência de um unicórnio propõe características que o ser humano deveria desenvolver: a retidão, a paz de espírito para conquistar seu caminho evolutivo, a força e a conexão com a palavra de Deus.

Segundo historiadores e os manuais de "monstros", os primeiros registros da sua existência estão datados a partir de 398 anos a.C., de acordo com relatos de andarilhos que viram esse lendário ser habitando diferentes países, como também, os livros e documentos dos alquimistas, pois retratam a magia dos unicórnios, principalmente concentrada no seu chifre - algo bastante procurado por aqueles que buscavam a magia dos "unis", arrancando-o para fazer feitiços e propriedades alquímicas. Acredita-se que o chifre de um unicórnio é muito poderoso e divino, podendo ser tocado apenas por uma virgem, representando: "a flecha espiritual, o raio solar, a espada de Deus e a revelação divina"; como também, bastante utilizado pela medicina para o tratamento medicinal.

Sobretudo na Idade Media, buscou-se muito cultuar esse ser mitológico e elementar, como também, capturá-lo para se apoderar do seu chifre mágico.Para os alquimistas, os unicórnios simbolizam a união dos opostos e conseguiam transcender o aspecto da sexualidade por serem animais hermafroditas, apresentando o sexo masculino e feminino. Para os herméticos, eles simbolizavam a descoberta de importantes informações.

No universo psicosexual, o chifre do unicórnio pode ser comparado ao falo (membro) frontal masculino, o pênis,representando não apenas a fertilidade, mas também, a sublimação sexual e a virgindade. Sobre o conflito sexual,


"Veria-se nisso a imagem de um violento
conflito interior entre os dois valores
que o unicórnio simboliza: salvaguarda
da virgindade (o chifre único levantado
para o céu), e fecundidade (sentido fálico
do chifre). O parto sem a defloração,
esse poderia ser o desejo, contraditório
no plano carnal, que se exprime pela imagem
dos chifres em luta. O conflito só é superado,
o unicórnio só se torna fecundo e apaziguado,
no nível das relações espirituais."

(Silva, 15/05/2009)


Já no universo psicoafetivo, os unicorneios abriam mão dos seus amores para preservá-los, assim, o amor não era corrompido, mas preservado. Sobre o amor,


"Tais seres renunciam ao amor para
permanecerem fiéis ao amor e para
salvá-lo de uma decadência inelutável.
Que morra o amor, para que o amor viva.
Aqui se opôem a “lírica da renúncia” e
“lírica da posse”, a sobrevivência da
donzela e a revelação da mulher. O mito
do unicórnio é o da fascinação que a
pureza continua a exercer sobre os
corações mais corrompidos."

(Silva, 15/05/2009)


Na cultura chinesa, os "Ki lin" simbolizavam a mansidão e a boa sorte, como também era representados pela filosofia do Yin & Yang, por apresentarem a energia masculina e feminina. Também na cultura chinesa, é cultuada a "dança do unicórnio", sendo um divertimento que acontece ainda hoje no Extremo Oriente, na festa do meio do outono. Na era chinesa medieval, o unicórnio também era símbolo da realeza, ao exemplo do Reino Chuen, representando virtudes nobres como a justiça e energia positiva e auspiciosa.





Todavia, tanto o unicórnio como o dragão apresentam algumas similaridades, não apenas por serem animais alados e elementares (mágicos). Para estudiosos em seres mitológicos e lendários, o unicórnio seria uma variação do dragão, o senhor da chuva que luta contra o sol e combatia as secas e as calamidades. Algumas lendas chinesas retratam que os unis devoravam o astro-rei e o seu eclipse solar.

Assim como o dragão, os unis também nasceram das nuvens (símbolo do inconsciente) e tinham a função de anunciar a limpeza do planeta através das chuvas da fertilidade e da abundância d'água em diferentes partes do mundo.

Enfim, até onde eu pude constatar com as minhas leituras, dragões e unicórnios não eram espécies rivais, tendo como similaridades: filhos das nuvens, espécies que povoam o imaginário coletivo, habitantes e protetores da natureza, seres alados, míticos e mágicos, símbolos da força, sabedoria, honra e justiça, ambos perseguidos pela ganância e a cobiça humana em busca dos seus poderes, cultuados por diferentes culturais, sobretudo a oriental que sempre os atribui boas e positivas representações e características e idolatrados ainda hoje, sobretudo por crianças e jovens.




Pesquisa realizada:


Portal das curiosidades.

Silva, Flávia. Simbologia do Unicórnio (15/05/2009).
http://peppertouch.blogspot.com

sábado, 19 de setembro de 2009

A representação simbólica do Dragão Alado



Se nos basearmos nas clássicas histórias medievais, onde o honrado e corajoso cavaleiro precisa salvar a pura e casta donzela das garras do maléfico e perigoso dragão, a partir do olhar hermenêutico e esotérico, o dragão alado é a representação simbólica da força sexual, onde:


"O castelo não é mais que o corpo do homem.
Prisioneira no castelo por uma força sexual

mal controlada, suspira a princesa que é
a alma.
O cavaleiro é o Ego ou o espírito
do homem.
As armas do cavaleiro representam
a capacidade
espiritual: a vontade e o conhecimento
para dominar e
saber utilizar a força sexual. Uma vez
dominado, o dragão
torna-se um servidor do homem
e serve-lhe de montada
para viajar no espaço e
atingir prazeres únicos. A cauda do
dragão representa
as forças subterrâneas, ou a incapacidade
do homem
dominar a sua força sexual, as asas
do dragão significam
a libertação, a compreensão
e boa utilização dessa
mesma força."

(Blog Artes e Manhas, 19/09/2009)


Todavia, não podemos desconsiderar que o símbolo da força sexual dragonesca também é reforçada pela filosofia religiosa judaico-cristãs, pois o dragão é comparado ao Diabo.

Dragão Alado, O Poema


"Espera dragão alado
Quero acompanhar-te no teu pesado voo

Trepar em ti e enlaçar-te

Para juntos sobrevoarmos numa despedida

Um mundo de insanos e desvirtude

De perfídia e cinismos

De fraquezas, amaritude e cobardias

De dissidências funestas

E festins de mentiras

Leva-me dragão alado!

Para onde os animais falam

Para onde as árvores florescem em esplendor

Para mares de placabilidade e quentura

Porque os humanos desarvoraram

Não sabem quem são!

Nem porque permanecem aqui

Escravos de máquinas diabólicas e vícios

De mentes feridas e embustices

De temores inventados

Trapos dançantes sobre intrujices

De rostos pintados de uma morte anunciada

Palhaços incógnitos

Frangalhos ondulantes que estendem a mão

Sapatos de cristal em alpondras vermelhas

Que se estilhaçam em integral desproporção


Leva-me dragão alado!
Para longe da mercancia de carne humanal

De políticos algozes de egos alterados

De mercado de acções que escravizam maiorias

Do desrespeito gritante por quem tem fome

Na balbúrdia de ostentação

Adoração de luzes, flashes e indumentárias

Feitas de arquétipos cinematográficos

Em cenários que aluem

Em cavidades de esqueletos fétidos


Leva-me dragão alado!

Porque há muito tempo que não pertenço aqui!"


(Paula, 18/10/2008)

O Dragão Alado de Rá



Segundo ao jogo do "Yu-Gi-Oh", baseado numa série de anime e mangá, muitos dragões são representados, tais como: "o Dragão Branco de olhos azuis, um lendário dragão de duelos, seja em sua evolução como Supremo (fusão de 3 dragões brancos de olhos azuis) e/ou Luminoso (sacrifício de um supremo); o Dragão do Mundo da Fantasia, considerado mais poderoso do que o dragão original, possuindo desvios especiais de ataque; o Dragão Caveira Negro, oriundo da fusão do Rei Caveira e O Dragão Negro de olhos vermelhos; o Slifer, o Dragão dos Céus,representante do verdadeiro poder; Chimeratech Overdragon, a fusão entre Cyber dragão e quantas cartas de máquinas você quiser; e o Dragão Alado de Rá".

O Dragão Alado de Rá tem o seu poder de ataque determinado pela soma da força de seu ataque conforme a junção de três monstros usados em seu sacrifício e de defesa conforme a junção da força de defesa dos três monstros usados em seu sacrifício.

Os seus principais efeitos especiais durante o jogo são:
  • "Sempre que o Dragão Alado de Rá for trazido de volta do cemitério ele e pode atacar imediatamente;
  • Usando o poder de tranferência ponto a ponto você pode sacrificar seus pontos de vida (OBS: pode sacrificar até ficar com 1lv),e adicioná-los ao ataque e a defesa a mesma quantidade de pontos sacrificados;
  • Você pode aumentar o poder de ataque e defesa do Dragão Alado de Rá a cada monstro destruido por ele ou sacrificando monstros em seu lado do campo em "NOME DE RÀ" para adicionar os pontos de ataque do monstro sacrificado ao ataque do Dragão alado de Rá e as defesas dos monstros a sua defesa;
  • Ativando o modo FENIX de Rá durante um turno torna-o imune a ataques de monstros e todo efeito de qualquer carta mágica, armadilha, efeito de monstro;
  • Renuciando à 1000 pontos de vida você pode destruir todos monstros do oponente em campo;
  • Quando o Dragão Alado de Rá é invocado especialmente seu poder de ataque e defesa são igual a INFINITO." (Wikipédia)

O Dragão Alado



Na cultura saxônica, o dragão alado também está associado à figura da serpente alada, devido as similaridades físicas desses dois répteis, muito embora, este dragão tenha como característica física: "Corpo coberto de escamas; cabeça de serpente; olhos luminosos e amedrontadores; asas grandes para mentê-lo no ar, bem parecidas como as do morcego; presas e unhas muito afiadas; espinha dorsal constituídas de vários espigões; e calda longa e pontiaguda. Sim, além da sua força descomunal e do seu hálito quente e sulfurosa, expelindo fogo por suas narinas, e fedorento, com presença de mau hálito devido aos restos de carnes em estágio de putrefação nos dentes".

Todavia, diferentes culturas (chinesa, egípicia, etiópica, escandinava, mexicana, norte-americana), sobretudo a européia mevieval, já cultuava a existência dos dragões alados em seus tempos, seja abordando a existência dos seus lendários tesouros ou a sua implacável fome de vingança e de devorar os seus inimigos em potencial - os humanos. Em contrapartida, a sua magia era interpretada como fonte de poder, sorte e premunição, antevendo eventos funestos.

Abram alas, o dragão alado vem chegando...


... ESCONDAM-SE!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Tiamat e a Caverna do Dragão




Quem é da minha geração, lembra-se muito bem do seriado infantil "Caverna do Dragão", exibido no final da década de 80, no programa matinal e infantil "Xou da Xuxa" - Éh, meus caros, eu não posso negar, eu também já tive os meus dias como "baixinho" (Por favor, não espalha!!! É um segredo nosso!!! rs...); e exibido atualmente na Globo, senão me engano, na TV Globinho.






De acordo com a sinopse original da série, um grupo de garotos (Hank, Eric, Presto, Sheila, Diana e Bobby) que estavam se divertindo num parque de diversões, resolveram andar na montanha russa "Dungeons & Dragons", onde acabam caindo num portal dimensional que os transportam para uma outra dimensão, um mundo cheio de magia, mistérios, dragões e outros seres fantásticos.

Guiados pelo
Mestre dos Magos, cada um desses garotos ganharam uma arma mágica (arco e flechas, escudo, chapéu de mágico, capa da invisibilidade, bastão acrobático e tacape) que os ajudará contra os poderes mágicos, o domínio e a tirania do Vingador (O maior inimigo do Mestre dos Magos e dos seus novos pupilos, porque ele necessita de todas as suas armas mágicas para se tornar mais poderoso), como também dos perigos desse novo mundo e a ira e a força de Tiamat (o dragão de 5 cabeças - o maior e mais poderoso rival do Vingador, o único capaz de derrotá-lo e aquem ele teme) até o dia em que eles poderão voltar para casa.

Vale ressaltar, que o Tiamat retrato no seriado é do gênero masculino, contrariando a figura mitológica de Tiamat, a Mãe dos Dragões, responsável pela criação da espécie. Muito embora, O Tiamat também apresente 5 cabeças (cada uma delas lança um material diferente: "branca - raios congelantes; verde - gás venenoso; vermelha: fogo; azul - raios; e a preta - ácido"); e seja temido pela sua força e os seus poderes mágicos, como o do teletransporte.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Tigre e o Dragão, O filme



Este filme, produzido em 2000 por Ang Lee¹, foi baseado na novela chinesa "Wuxia" que aborda o universo das artes marciais e também no mangá chinês chamado "Manhua", traduzido para o português como "O Tigre e o Dragão".

Historicamente, tal fime se passa na Antiga China, de 200 anos atrás, no auge da Dinastia Qing, aprsentando o seguinte enredo:


"Mestre Yu, grande mestre do kung-fu, acidentalmente assassina um amigo num duelo. Após esse fato, ele se afasta do seu serviço de escoltas, cuidando de sua propriedade e de sua filha lady Yu, de 16 anos, que se revela grande lutadora de artes marciais.

Existem duas grandes escolas de kung-fu, uma, que vem do templo Shaolin, e foi ensinada pelo mestre Venerável mestre Damo, cujo foco é trabalhar com a força exterior, para possuir um corpo saudável, mas nunca para matar;a outra, que trabalha com a força interna CHI, que vem de WUDAN, criada pelo Mestre Zhang San Feng, num estilo muito mais poderoso e letal, seus praticantes precisam possuir não-agressividade, pureza de coração e jamais revelar os segrêdos do kung-fu de maneira inconsequente.

Li Mu Bai é discípulo da escola de Wudan, no primeiro livro ele encontra Lady Yu e vê que ela é a mulher ideal, logo ele terá que lutar para salvar a família Yu dos ataques dos filhos do amigo que grande Yu assassinou, e do genro deste amigo, chamado Lança Dourada, e descobrir o poder da espada chamada "Destino Verde"."

(Wikipédia)


Se observarmos o combate travado entre os lados rivais e todo o contexto ético e moral retratado no filme, faz uma ponte com a temática que algumas fábulas orientais chinesas atribuem ao dragão e ao tigre.


_________________

1.
O ator, cineasta e produtor Ang Lee, nascido na China, foi estudar cinema nos USA, formando-se na Universidade de Illinois em Direção e na Universidade de New York em Produção Cinematográfica. Sua filmografia consta os seguintes filmes:
1992: A Arte de Viver;
1993:
Banquete de Casamento;

1994:
Comer, beber e viver;

1995:
Razão e Sensibilidade;

1997:
Tempestade de Gelo;

1999:
Cavalgada com o Diabo;
2000: O Tigre e o Dragão;
2001: Chosen;
2003:
Hulk;

2005:
O Segredo de Brokeback Mountain;

2007:
Lust, Caution.

Durante a sua carreira ele tenha sido indicado para vários prêmios no cinema, apenas em 2007, através do filme "O Segredo fe Brokeback Mountain", ele foi premiado pela Acadêmia o Oscar como o Melhor Diretor do 2005, em 2006.
(Wikipédia)

O dragão e o tigre, A fábula



Tanto os dragões quanto os tigres são personagens de destaque em fábulas de diferentes culturas, seja como amigos da humanidade, a exemplo da cultura babilônica; ou destacando as suas características naturais para exemplificar situações éticas e morais dos homens, a exemplo da cultura chinesa; ou como uma resposta para o dilúvio da cultura sumérica; ou explicações para as alterações climáticas; dentre outras justificativas e metáforas.

No episódio da epopéia do dilúvio acontecido na Suméria, base para a origem das demais fábulas, existem relatos que destacam que o Deus Shamash retrata a Noé, que a milhões de anos atrás, o mundo era povoado por uma grande quantidade de dragões, de todas as cores, formas e temperamentos, assim como uma grande quantidade de tigres, na sua maioria amarelada e rajada.


Porém, houve um tempo em que os tigres em maior número invadiram as terras dos dragões, havendo um grande ataque contra eles. Para evitar esse confronto, dragões versus tigres, os deuses criaram um grande dilúvio, acabando com as duas espécies, e congelando o território do combate e os seus arredores.
No período de Upanixtão, era marcada por outro dilúvio, parecido com o dilúvio anterior, mas, acometendo agora a raça humana.

Segundo La Fontaine, a rivalidade entre dragões e tigres também pode explicar a formação das chuvas de granizo e tempestades,onde o dragão alado, dono do ar, os criou para enfrentar o trigre, dono do chão, que resolveu desafiá-lo. Dentro dessa perspectiva, as alternâncias climáticas também podem ser explicadas dessa forma, embora, Fedro utilize a figura dragônica para dar outras lições a vida cotidiana e as relações humanas.

Todavia, no decorrer da história da humanidade, o combate entre dragões e tigres serviu de metáfora para retratar eventos históricos como o Pacto de Xangai na China, representado pela união entre os dragões vermelhos russos e os trigres amarelos chineses; a doutrina alemã de Hitler para exaltar a supremacia ariana representada pelos tigres amarelos em detrimento das outras etnias; a ocupação do Tibet pelos chineses; dentre outros.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O "dragão-borboleta", Uma expressão artística



Segundo a artística plástica portuguesa Ana Garrett, ela criou a obra "dragão-borboleta" em 1997, compondo a sua estética em óleo e gesso acrílico sobre a tela. Sua concepção era trabalhar nessa obra a "força, vitalidade e masculinidade" do dragão e a "beleza, leveza, feminilidade, etéreo e a mortalidade" da borboleta, onde ela buscou representar uma figura que fosse ao mesmo tempo poderosa e efêmera.

Um pouco de arte e ludicidade não faz mal à ninguém, apenas nos inspira... Contemplem-na!!!

O dragão e a borboleta - O livro

Em 2000, foi publicado o livro "O dragão e a borboleta", da Editora Axis Mundi, na área de adminstração e negócios, direcionado para o público empreendedor e do terceiro setor, abordando os dilemas que o meio empresarial precisa ter no novo milênio para estabelecer estratégias voltadas para a questão da sustentabilidade e responsabilidade social.

Se observarmos esses trechos destacados abaixo, poderemos destacar aspectos dragônicos como a valorização da ética e dos códigos de honra entre os compromissos assumidos, relações de poder (comando e obediência) e o uso da sabedoria, como também a essência da borboleta: "a sua capacidade de transformação, mutação".


"Normas de comportamento que devem ser
capazes de assegurar a continuidade do
controle e do poder e devem convencer
os indivíduos que a obediência a esses
códigos é para seu bem, sustentabilidade
felicidade e garantia de futuro para si
e demias gerações vindouras;


(...) Toda escolha carrega uma intenção
carregada de valores que na sua maioria
não são percebidos conscientemente, estão
incrustados na substância de nossos pensa-
mentos a respeito do mundo e de nós mesmos;


(...) Constituem a armação de concepções e

categorias que não são de nossa própria criação,

mas que a sociedade nos entregou já pré-

fabricadas e é por onde nosso pensar individual

se move, mesmo quando ele é original e ousado".


(Diskin, 2000)¹


Então, caríssimos, se vocês possuem um espírito empreendedor que podemos encontrar tanto no dragão quanto na borboleta, compartilho com vocês essa dica bibliográfica.


__________________

1. DISKIN, Lia. Ética: um desafio à desigualdade. In: ESTEVES, Sérgio (org.). O dragão e a borboleta. Sustentabilidade e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Axis Mundi/AMCE, 2000.


O dragão e a rosa azul - O Poema



Esse poema romântico, "O dragão e a rosa azul", é da autoria da curitibana Lu Rocha, 35 anos, publicado no Recanto das Letras (www.recantodasletras.uol.com.br), no dia 20/05/2008, cujo o qual eu gostaria de compartilhar com vocês:


"Nesta noite, oferto-lhe estrelas
E quero que teu rosto brilhe

Mais que o sol que aquece os meus dias

Que os teus lábios adociquem com os meus beijos roubados

E que dos teus olhos nenhuma lágrima

Despreenda-se em sofrimento

Que nenhum espinho te machuque e

Nesta noite, quero decidir-me com afinco

E retirar um sorriso tímido

Poder dizer-te

O quanto foi bom te reencontrar

E seguro firme em tuas mãos

Pedindo-te suavemente que não me deixes

Que o romantismo floresça

E nossos corações se aqueçam nas chamas

Deste amor eterno, se por ventura

Chover e esfriar irei te agasalhar
Com minha alma serena
E quero-te assim pleno da certeza do amor

Que outrora nascera entre um dragão e uma rosa

Que hoje será tua pequena..."