Historicamente, em 1852, o Estado do Ceará foi o primeiro Estado da Federação Brasileira a abolir a escravatura, pois os poucos escravos que vieram trazidos para cá, não foram inseridos no mercado econômico cearense. Nesta época a economia local estava baseada unicamente em torno da pecuária extensiva. Por isso, pelo não estímulo a escravidão e ter abolido todos os seus escravos precocemente, o Ceará recebeu como título a "Terra da Luz", sendo parte do slogan turístico que faz propaganda do estado: Ceará, Terra do Sol, Terra da Luz.
Neste contexto abolucionista, surgiu um personagem histórico bastante importante e controverso nesta época, o "Dragão do Mar". Diante da sua bravura, força e honra (carcterísticas dragônicas), o negro aforriado Francisco José do Nascimento lutou contra a escravidão ativamente, não apenas em manifestações de protesto, como também, heroicamente, salvando um grupo de 38 escravos perseguidos no Centro da Cidade de Fortaleza de serem queimados vivos numa perseguição, no interior de um prédio público abandonado.
Além desse salvamento, o heróico Dragão do Mar também encabeçou uma campanhia abolucionista apoiada pela população local. Tal personalidade é bastante festejada na cultura cearense, tendo monumentos e centros e pontos culturais com o seu nome, em sua homenagem.
Fonte:
ARAGÃO, Raimundo Batista. História do Ceará. 5ª ed. Fortaleza: IOCE, 1985. p. 225.
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