quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Os Dragões da Independência



O termo "dragão" sempre esteve associado a outros segmentos da sociedade como forma de identificar e qualificar um grupo específico, ao exemplo dos soldados dos Exércitos Português e Brasileiro e as unidades militares que eles pertenciam.

No século XVII, o exército português criou uma série de regimentos militares para participar da Guerra da Restauração¹, onde os soldados montados em seus cavalos e armados com as suas carabinas eram chamados de dragões para impor respeito e exaltar a sua coragem e força militar. No universo dragônico, coragem e força são características essenciais dos dragões. Nesse contexto, em 1742, dois regimentos de cavalaria se destacaram: Os "Dragões de Olivença", pertencentes a cavalaria nº 3, e os "Dragões de Entre-Douro e Minho", pertencentes a cavalaria nº 6.

As tropas militares portuguesas compostas por Dragões eram responsáveis pela guarnição de vastas áreas com poucos efetivos, devido à sua facilidade de deslocação, onde também foram dispostas a atuar em diversos territórios ultramarinos pertencentes à Portugal como o Brasil e a África - Nestes territórios, os dragões atuaram até o século XX, combatendo tanto a pé quanto em montaria.


No final do século XVIII, em território brasileiro, os Dragões atuavam para fiscalizar a extração dos metais preciosos (ouro e diamantes) produzidos em Minas Gerais, assim, dois regimentos de Dragões encarregavam-se da segurança dos distritos mineradores e seus caminhos, evitando o contrabando e o desvio desses metais preciosos
por piratas e escravos, como também, um terceiro regimento respondia pela segurança do Vice-Rei e da então capital brasileira, a cidade do Rio de Janeiro.

Atualmente, faz parte do
Exército Brasileiro o I Regimento de Cavalaria de Guardas, conhecidos como os "Dragões da Independência", sendo a tropa de elite responsável pela guarda honorífica a cavalo do presidente da República e de outros orgãos federais na atual capital, Brasília.

Tal regimento do Exército Brasileiro foi criado em 1808 por D. João, ainda como Príncipe Regente, e apartir da Independência do Brasil em 1822, transformando-se em Imperial Guarda de Honra dos Mosqueteiros. Porém, a partir de 1916, os "Dragões da Independência" passaram em ser responsáveis em resgatar a tradição histórica brasileira, onde a sua presença é marcante e essencial para as paradas do dia 7 de Setembro - a data áurea da Independência do Brasil.

Em dias comemorativos de gala, os "Dragões da Independência" apresentam-se da seguinte forma:
  • o branco é reservado ao comandante do Regimento;
  • o verde é utilizado pela fanfarra;
  • o amarelo é utilizado pelos oficiais até o posto de subcomandante; e
  • o vermelho pelos praças. (Wikipédia)


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1. Encomodado em ser regido pelo domínio espanhol da Casa de Habsburgo, entre 1580 e 1640, O Rei de Portugal instaurou um movimento militar de restauração para voltar a ter a regência em mãos portuguesas e instaurar a Casa de Bragança. Durante muitos combates nas fronteiras luso-espanholas e 28 anos de guerra, a carta régia foi assinada em prol de Portugal, historicamente conhecida como o Tratado de Lisboa, sob a regência de D. Pedro II. (Wikipédia)

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