terça-feira, 4 de agosto de 2009

A Guerra dos Dragões

Baseado no livro "Lordes de Thargor, O Vale de Eldor" ( Editora BV 24X7, SP), o autor Roberlândio A. Pinheiro retrata a guerra entre os dragões a partir do Pergaminho de Waröryen. Tal documento indica que: Quando os seres supremos criaram o mundo e os seres místicos, varias raças se espalharam pelo reino de Thargor, habitando Yedö’Wir, o "Lugar da Criação". Assim, a raça dos grandes dragões, Khalyneshi¹, juntamente com os Aymhór, permaneceram ali contemplando a beleza do céu e o brilho dos olhos de Anu - Símbolo da luz da criação.

Ghaélios, o sagrado rei dos dragões, foi escolhido para viver com os seres supremos para receber ensinamentos importantes e mágicos, tornano-se o líder mais poderoso e sábio de todos os dragões. Após longas eras de convivência suprema, ele retornou para viver com os demais dragões, sendo expulso e rechaçado por eles, pois, nesse longo período de afastamento, eles haviam se tornando seres hóstis e violentos.

Uma vez expulso, Ghaélios retornou para junto dos seres supremos, relatando a hostilidade que havia sofrido. Furiosos, os deuses lhe conferiram o poder e a missão de castigá-los. Dessa forma, o "deus-dragão" dividiu a comunidade dragônica em sete raças ou grupos diferenciados e deslocando cada grupo para habitaros quatro cantos do reino. Porém, compadecido do castigo dado, Ghaélios resolveu ensiná-los o que havia aprendido com os seres supremos, tornando-os sábios e poderosos, de acordo com as suas peculiaridades.

Seu intuito era evitar que os dragões disputassem entre si e tivessem condições de coexistirem entre si. Assim, ele se tornou o rei sagrado dos dragões e escolheu sete "reis-dragões" para comandarem as suas respectivas raças, respitando-o e reverenciando-o como líder maxímo. Durante muitos milênios, todos os dragões viveram sobre o comando ghaélico, de forma pacífica e próspera.

Satisfeito com a conduta dos dragões e a perfeita harmonia entre os reinos dragônicos, Ghaélios acreditou que a sua missão estava completada e resolveu ir morar nas estrelas, reunindo todos os dragões em Altar, deixando a seguinte missão para eles: Que eles continuassem unidos, mesmos divididos em reinos diferentes, para cuidar da cidade sagrada de Altar, a primeira morada.

Após a sua partida, os dragões passaram longas eras sem manter contato entre si. Com o distanciamento e o acúmulo dos seus tesouros e poderes, a arrogância e a ganância dos dragões cresceram também, colaborando para que alguns reinos dragônicos lutassem com os demais para conquistar mais poder e submeter um reino ao outro. Nesse contexto competitivo, os dragões começaram a guerrear.




Kelash, o senhor dos dragões amarelos, e Matheray, o senhor dos dragões azuis, tentaram atacar a cidade sagrada de Altar, o único lugar onde todos os dragões eram tratados como iguais, para conquistar o último legado deixado por Ghaélios, tentando invocar a chama sagrada. Tal plano foi em vão, pois a chama só poderia ser envocada em prol de todos os dragões e com o consentimento e a presença dos sete reis-dragões.

Após tal ousadia, os demais reis-dragões (5) declararam guerra à Kelash e Matheray, reivindicando separadamente o domínio de Altar e a liderança sob todos os dragões. Assim, durante séculos, eles lutaram entre si, "cobrindo os céus e a terra com suas chamas vorazes". As vitórias das batalhas dragônicas foram se alternando aleatoriamente entre os sete grupos, onde cada grupo possuía um dom e um conhecimento específico, embora também apresentassem poderes em comum.

A Ehlóra, a senhora dos dragões brancos, sugeriu o duelo final. Os sete "reis-dragões" lutariam entre si e o grande vencedor conquistaria todos os tesouros e os dons dragônicos que lhes foram concedidos por Ghaélios. Kelash e Matheray, confiantes em seus poderes, foram os primeiros reis a aceitar o início da última batalha: A Guerra dos Dragões.




A "Guerra dos Dragões" durou 40 ciclos de Ilar, onde os "reis-dragões" duelaram nas torres encantadas de Altar. No vigésimo quinto dia, após enfrentar Annór, o rei dos dragões brancos, num duelo mágico sobre a Cúpula do Templo do Céu, Amathár, o senhor dos dragões vermelhos, retirou-se da batalha porquê já previa a sua derrota, retornando para Leghael, sua cidade ao norte, não muito distante de Altar, para aguardar o final da guerra. No quadragésimo dia, Annór venceu todos os outros "reis-dragões", deixando Altar em ruínas e exigindo que o pacto dragônico fosse cumprido - como foi e o vencedor ficou tão poderoso quanto Ghaélios fora um dia.

Pós-guerra a cena que perpetuava era a seguinte:


"Do céu um brilho triste desprendeu-se dos olhos da
constelação do dragão e rumou para as Montanhas Alvas
para Altar. O brilho percorreu o vazio que agora
separava todos os reis-dragões e foi pousar sobre a
Chama de Ghaélios, entre os escombros do Templo do Céu.
Lentamente o brilho foi consumindo a Chama até que
não restou dela mais que uma minúscula fagulha. Então, Annór
compreendeu o que se passara e seu coração entristeceu-se,
pois devido à batalha dos "reis-dragões" e a destruição de Altar
o espírito de Ghaélios havia perdido a força e abandonado
a terra para sempre. Enfurecido, ele voltou-se para
Kelash e Matheray e os puniu severamente por terem sido eles
os responsáveis pelo início de tudo. A partir daquele dia,
eles e todos os de sua raça perderiam para sempre
o dom do entendimento, da compreensão e da fala e suas existências
seriam relegadas ao mesmo nível da vida das criaturas selvagens
que habitavam as terras distantes. Em seguida, Annór
cobrou de Amathár seu juramento e voou para longe,
para Menedhár de onde, pelos anos que se seguiram o poder
dos grandes dragões foi incontestável."

(Lordes de Thargor)


Pode-se perceber que a "Guerra dos Dragões" não respitou os últimos desejos de Ghaélios, representando a derrocada da comunidade dragônica e a autoviolação da sua espécie.


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1. Os Khalyneshi eram grandes dragões dotados de razão e discernimento, surgidos no mundo ainda na Era Jovem, estando presentes além dos territórios dos reinos sagrados, subdividindo-os em sete raças ou grupos dragônicos:
1) Khalynthar — Os Dragões Dourados;
2) Khalynmir — Os Dragões Vermelhos;
3) Khalyndho — Os Dragões Negros;
4) Khalynghór — Os Dragões Azuis;
5) Khalynseyn — Os Dragões Amarelos;
6) Khalynfhay — Os Dragões Verdes;
7) Khalyndhár — Os Dragões Brancos.
(Lordes de Thargor)

Um comentário:

  1. BA OSTEI MUINTO EU CURTO DRAGOES PRA CARAMBA E A HISTORIA O ENREDO MUINTO BEM BOLADO

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